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FILARMÓNICA DO CRATO PARTICIPA NO FESTIVAL DE BANDAS DO NORTE ALENTEJANO

A Filarmónica do Crato marcou presença em mais um Festival de Bandas do Norte Alentejano. Desta feita, o mesmo decorreu em Fronteira a 6 de julho de 2013. Não existe uma contabilidade relativamente aos Festivais de Bandas do distrito de Portalegre mas é certo que os mesmos já se vêm fazendo desde o início dos anos 90, nessa altura eram organizados pela então Região de Turismo de São Mamede e a partir de 1999 passaram para a égide da Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre. Também é certo que a Filarmónica do Crato é uma das bandas totalistas e que os festivais já ultrapassaram os vinte certames. O festival já percorreu todos os municípios que possuem banda (no Crato foi em 2002). Ultimamente a FBFDP tem tentado realizar o festival em municípios onde não existe banda e isso tem sido possível, no ano passado foi em Sousel e este ano coube a vez de Fronteira. Efetivamente, o festival apenas ainda não se realizou nos municípios de Arronches, Avis, Marvão e Monforte. Sempre que possível este festival não se circunscreve apenas às sedes de concelho, as bandas fazem questão de se dirigir às freguesias. Por vezes, há freguesias que há décadas que não ouvem uma banda filarmónica na sua localidade. Curiosamente, a vila de Fronteira possuía duas bandas! Foi possível apurar que a última das bandas desapareceu há 63 anos, ou seja, em 1950. Esta informação foi transmitida por um entusiástico idoso que acorreu ao excecional jardim junto ao Centro de Interpretação da Batalha dos Atoleiros. Há muitos anos que não via tantas bandas e estava extremamente satisfeito com o que via e ouvia quando as 5 bandas que desfilaram à noite atuavam em conjunto interpretando uma marcha militar e o hino da Federação de Bandas.

 

 

O festival deste ano contou com a presença de 6 bandas, a princípio eram 7 mas a banda de Montargil, mais uma vez, não conseguiu reunir o número de elementos suficiente para se apresentar. Das 6 presentes, a congénere de Alter participou apenas no programa da tarde, percorreu as ruas de Vale de Seda em desfile. O calor era muito (42 graus) mas as bandas protegeram-se e tocaram o mínimo escolhendo sítios mais apropriados para o efeito. A banda de Campo Maior desfilou em Vale de Maceiras e as bandas de Nisa e Castelo de Vide ficaram por Cabeço de Vide (nem as termas da Sulfúrea foram esquecidas). A Filarmónica do Crato e a de Galveias apresentaram cumprimentos na Câmara Municipal de Fronteira. O jantar foi no excelente espaço do restaurante da estação de Cabeço de Vide, concessionado pela edilidade que possui condições excelentes. Num dia de intenso calor, entrar naquela sala foi como se tivéssemos chegado a um oásis fresco e cheio de água. E o serviço foi excelente!

 

À noite, as bandas desfilaram e tocaram dois temas de concerto para uma entusiástica plateia que só não foi melhor porque mesmo à noite a temperatura era superior a 30 graus. As bandas não se apresentaram com muitos elementos, em todas faltaram muitos músicos: uns porque estão de férias, outros porque à última hora não cumprem, outros porque já tinham outros compromissos…O nível não foi demasiado elevado mas ainda assim as bandas estiveram em bom plano. A Filarmónica do Crato, ainda assim, apresentou-se à noite com 32 músicos (eram para ser 38) e era aquela que tinha mais elementos e foi também uma das filarmónicas que melhor interpretou ouvindo-se nalgum público que os nossos temas evidenciavam outro nível, mesmo assim, teríamos sido melhores se fossemos mais completos.

A organização foi da Federação de Bandas e do município de Fronteira e o festival só foi possível com a ajuda dos municípios com banda (e da Junta de Freguesia de Galveias) que

emprestaram transportes e das próprias bandas que, como sempre, disponibilizam a logística (instrumentos de percussão e estantes). Ultimamente, é a Filarmónica do Crato que disponibiliza o instrumental de percussão e todas as congéneres o utilizam na interpretação final.