A Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre e o município de Monforte, com apoio da CIMAA e das freguesias do concelho de Monforte, organizaram mais um mega festival de bandas filarmónicas que já vem sendo uma realidade há quase duas décadas no nosso distrito, sempre com a presença da velhinha Filarmónica do Crato. Depois de ter percorrido todas sedes de concelho com Banda de música e de o ter feito igualmente em quase todos os concelhos sem banda (ainda falta Marvão), o local escolhido foi Monforte e o município local fez todos os esforços para que o evento tivesse o maior brilho possível integrando-o no “Monforte Ex-Libris”, o que viria a dar maior brilho ao Festival de Bandas e este ao evento municipal, culminando o referido certame monfortense com a atuação das bandas convidadas na noite de domingo, dois de julho. Assim, o muito público que assistiu aos desfiles das sete bandas participantes nas freguesias durante a tarde e no recinto da Monforte Ex-Libris à noite, não deu por mal empregue o tempo e aplaudiu calorosamente a atuação individual de cada uma das participantes e a performance final conjunta, acompanhada por fogo-de-artifício sincronizado, a cargo da Pirotecnia Oleirense, trabalho de excelência. O desfecho foi apoteótico com os mais de 300 músicos a interpretarem o Paso Doble “João Moura”, da autoria do homenageado deste ano, o compositor monfortense Alexandre Ribeiro, e o Hino da Federação de Bandas, da autoria do recém-falecido, maestro Sílvio Pleno. O primeiro tema foi dirigido pelo maestro Virgílio Vidinha, da Banda Municipal Alterense e o segundo teve a direção do maestro Paulo Pires, da Banda Juvenil de Gavião, vice-presidente da direção da FBFDP e natural sucessor do maestro Pleno, que fundou a BJMG. Foi ainda lembrado um outro músico e ilustre maestro monfortense, o senhor Armando Reigota, que também deixou um grande legado à música e à sua região.
As Bandas presentes no certame foram a de Albuquerque, convidada internacional, a de Alter do Chão, Crato, Gavião Nisa, Portalegre e Póvoa e Meadas. A Filarmónica do Crato compareceu com 35 músicos e realizou um bom trabalho em Monforte. Apesar de o festival ter contado com um número mais reduzido de participantes, as presentes demonstraram que estão capazes e a fazer um bom trabalho em prol da filarmonia distrital apresentando-se com muitos jovens. Todos os presentes deixaram elogios à organização pela forma como tudo decorreu, inclusivamente o jantar, que foi muito acima da média e a receção e tratamento nas quatro freguesias. A Filarmónica do Crato marcou presença na sede de concelho juntamente com a Banda de Albuquerque e foi muito bem recebida pelos elementos da Junta de Freguesia de Monforte e por algum público na Praça do Município. O pós concerto, onde reinou a forte amizade entre todas as bandas participantes com muitos grupos espontâneos a tocarem e a fazerem vibrar o público, voltou a ser uma imagem de marca deste Festival, que coloca jovens e elementos mais velhos em completa harmonia. Logicamente que neste tipo de grupo, os elementos da Filarmónica do Crato não se fazem rogados.
O município de Monforte e as suas freguesias estão de parabéns pela organização assim como a Federação e as Bandas presentes. O público foi fantástico e entusiasta tendo comparecido em muito bom número. Tratou-se de um dos melhores festivais de sempre e a fasquia ficou bem mais alta. O espetáculo foi superiormente apresentado pelo pivot da SIC, José Manuel Monteiro.
O município do Crato, mais uma vez, concedeu o autocarro municipal à sua embaixatriz musical, o que é sempre uma realidade. Lembramos que a Filarmónica do crato encontra-se praticamente de malas feitas para a Terceira onde irá participar num intercâmbio entre 10 e 17 de julho.
(2 senhores – maestro António Charrinho, com o saxofone e Carlos Alberto Girão, com a sua caixa)
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