O ano de 2017 foi profícuo no lançamento de novos músicos para a Filarmónica do Crato. Em abril estrearam-se Andreia Guterres, 26 anos, em saxofone alto e José Belo, 54 anos, um regresso, em clarinete. No dia de Corpo de Deus, em Junho, entraram Pedro Ouro Severino, de 10 anos, clarinete; Isabel Véstia Silva, 14 anos, clarinete, que havia entrado para a Banda em 2014 como flauta e que saiu pouco depois; e Beatriz Martinho, uma jovem de 14 anos, de Fortios, estreando-se como flautista. Este grupo integrou a comitiva da Filarmónica na deslocação desta aos Açores em Julho. Ainda em Julho, no dia 2, estreou-se Leonardo Mesquita, de 15 anos, na percussão e aprendiz de clarinete.
Por fim, na passada sexta-feira, 1 de dezembro de 2017, foram estreados mais quatro novos executantes, três deles muito jovens. Assim sendo, iniciaram a sua atividade João Gargana Batista, 9 anos, em percussão, filho de Miguel Baptista, músico e ex-maestro da Banda; Mateus Santos Rodrigues, 10 anos, em saxofone-alto, neto de um antigo músico, José Maria dos Santos (Zé Caracol); Raúl Mirrado Motaco, 11 anos, em percussão, neto do nosso falecido diretor, Mário Antão; e Tomás Dias, de 16 anos, percussão, filho de Paula e Júlio Dias e irmão do baterista Miguel, todos eles percussionistas.
(Mateus, Raúl, Tomás e João)
A arruada iniciou-se cerca das 10.30h e a Banda dirigiu-se a casa dos estreantes onde se procedeu à já habitual cerimónia de entrega do novo músico pela família à Filarmónica do Crato seguindo-se a interpretação do tema “Parabéns a Você” e os cumprimentos à família de cada músico.
No final houve um lanche oferecido pelos familiares dos novos músicos sendo que já havia ocorrido um lanche na casa de um deles.
A Filarmónica do Crato, direção e maestro, bem como a escola de música, estão todos de parabéns assim como os quatro jovens e os seus familiares esperando-se que convivam muitos anos nesta centenária instituição. Refira-se que só para o naipe da percussão entraram três novos elementos.
Foi notado algum afastamento da população para com a passagem da Banda pelas ruas. Será a falta de gente, será que pensam que a Banda anda a fazer algum peditório, serão outras razões como a ida para Badajoz às compras…a verdade é que em qualquer terra onde há uma associação desta natureza, o orgulho pela sua Banda e o carinho prestado são incondicionais. E no Crato, se não fossem os pais e familiares dos músicos, os concertos estariam às moscas. Quem tem banda não a acarinha da melhor forma; quem não tem, quer ter…
Concluindo, foram dez os novos músicos em 2017, o que é muito salutar. Todavia, e apesar da Escola de Música ainda ter mais alguns alunos a frequentar as aulas de instrumento, é desejável que entrem mais alunos. A Banda, o Agrupamento de Escolas, o Município e as várias freguesias deverão reforçar o diálogo no sentido de, em conjunto, todos continuarem a lutar pela continuidade da única banda concelhia. Também é desejável que a mesma seja convidada para mais eventos no concelho e que passe a tocar em todas as localidades. Só dessa forma será possível captar mais jovens para a sua Escola de Música garantindo o futuro da Banda.
(Raúl com o maestro)
(Família Baptista, só falta um elemento)
(músico mais velho, José Belo, 54 anos; João Baptista, 9 anos, músico mais novo)
