Os sócios da Filarmónica do Crato juntaram-se mais uma vez para cumprir a Assembleia-geral estatuída no final da tarde de 27 de janeiro de 2018. Os presentes, tal como noutros anos, não foram muitos e poucos eram aqueles que não pertencem aos órgãos sociais. Foram aprovados todos os documentos em apreciação, desde o relatório da atividade de 2017 ao plano de atividades e orçamento para 2018, o qual prevê uma atividade no valor de cerca de 67.000€, bem como o relatório de contas de 2017 com parecer do Conselho Fiscal.
Saliente-se que a Banda realizou 91 ensaios em 2017 e participou em 31 serviços perfazendo 122 eventos. Destacou-se a deslocação da Banda à ilha Terceira para um intercâmbio em julho com a Sociedade Filarmónica União Católica da Serra da Ribeirinha (Angra do Heroísmo), na qual marcaram presença cerca de 65 pessoas (45 músicos), sendo que a mesma teve um custo aproximado de 14.000€. Outro evento de realce foi a realização de mais um Encontro de Bandas em Crato com as congéneres Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense (de Vila Nogueira de Azeitão) e a Sociedade Recreativa Filarmónica 1 de Janeiro (de Castro Verde). Outro evento com muito interesse foi a participação em setembro na Iª Peregrinação Jubilar das Bandas Filarmónicas, com a presença de 35 Bandas de 13 Dioceses, num total de cerca de 1600 músicos, no Santuário de Fátima, para assinalar as comemorações do 1º Centenário das Aparições. Depois, tivemos várias atividades ligadas à Federação de Bandas, como o Festival Internacional de Bandas em Monforte, os concertos da Rota dos Coretos, o concerto do projeto “Música na Terra” em Arronches, o concerto no CAEP no Dia Nacional das Bandas Filarmónicas, dois estágios da FIJUNA com concertos em Castelo de Vide e Ponte de Sor, ensaios da nova Orquestra Distrital na sede da nossa Banda, ensaios e atuações da FISENA, etc. Depois, mencionamos as atividades de cariz local, com as atuações em procissões à cabeça, com o 25 de abril, as Festas de S. Gregório, a Abertura da XXXIIIª FAG, festas e romarias, Carnaval, entre outras. Foi ainda realizado o jantar de natal da Banda, ultimamente (e bem) em tempo de Reis e que reuniu cerca de 120 pessoas.
Destaque ainda para a grande aposta na renovação de fardamentos, a compra de alguns instrumentos e a grande adesão às aulas com professores do Conservatório a virem ao Crato para apoiarem os alunos da escola de música e os músicos da Banda a crescerem ainda mais ao nível da qualidade musical. Este projeto tem merecido o apoio da Federação de Bandas distrital. Por fim, um dos principais assuntos, a entrada de dez novos executantes para a Banda, motivo sobejamente importante e decisivo para a continuidade e futuro da mais antiga associação do concelho (a SCMC é uma IPSS).
O saldo da execução financeira de 2017 foi negativo em perto de 5.500€ (5.497,77). Tendo em conta o forte investimento em fardas e instrumentos e na formação musical, acrescido da despesa de € 14.220,52 para o Encontro de Bandas na Ilha Terceira, nos Açores, podemos inferir que a execução foi fantástica. Refira-se que a Filarmónica não recebeu quaisquer apoios monetários para fazer face a esta elevada despesa. Assim sendo, transitou um saldo para o ano de 2018 suficiente para alavancar as obras que estão previstas no edifício da Banda e a vinda da banda açoriana e acompanhantes entre 16 e 23 de julho de 2018 e para os quais já estão alocados apoios da autarquia.
Apela-se aos cratenses e restantes munícipes do concelho para que se juntem à Banda para aprender música integrando as suas fileiras. Há que incentivar as crianças de todas as freguesias para a beleza que é a aprendizagem da música e a interpretação de um instrumento musical e para os fatores que, aliados a essa prática, permitem uma melhor performance académica, maior interação social, melhor curriculum para a vida profissional e melhor e maior cultura geral para além de um maior conhecimento do país, ilhas e estrangeiro (já se fala num intercâmbio com uma banda francesa).
