A Filarmónica do Crato voltou a tocar no palco principal do “seu” Festival do Crato. Sabemos que em 32 edições tal apenas não ocorreu em duas e a última foi no ano passado após uma mudança de paradigma do Festival (ainda houve um início de concerto mas a chuva atrapalhou). Voltando ao padrão normal, a grande embaixadora do Crato “passeou” qualidade no concerto que promoveu no palco principal na noite de 23 de agosto, terça-feira, noite de receção aos campistas. O concerto correu muito bem à Banda, que presenteou o razoável público com quatro temas muito bem interpretados e onde os solistas estiveram em elevado plano. O som, o palco, as luzes, fazem com que todos os artistas se suplantem no Crato e deem o seu melhor. O mesmo fez a Filarmónica do Crato quando tem as mesmas condições dos demais e graças ao trabalho e dedicação dos seus músicos e maestro ao longo dos muitos ensaios que permitem à Banda chegar no auge da sua forma nesta época. Bem-haja à Câmara e à organização terem voltado a apostar nesta instituição. Estiveram em palco 39 executantes, algo distante dos 50 a 55 dos últimos anos mas a Banda continua no mesmo nível.
Ainda quanto à atuação da Banda, existe um aspeto a resolver e melhorar: o da entrada de público. Para as pessoas que não têm bilhete para entrar no recinto principal não houve acesso ao nosso concerto e tivemos casos de pessoas que manifestaram tristeza por não terem assistido por essa razão – tinham de pagar bilhete! Pensamos que é um pormenor (pormaior) que poderá ser resolvido porque as pessoas podem ser sinalizadas pela organização e colocadas num espaço próprio e deslocadas para o exterior após o concerto. Certamente que a organização será sensível a esta matéria.
No dia seguinte, 24 de agosto, a Filarmónica apresentou-se para a cerimónia de inauguração/abertura do Festival, pelas 19 horas, composta por 31 executantes, tendo conferido maior dignidade ao evento e ao certame.
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