Após 10 anos de interregno, a Filarmónica do Crato foi contratada pela Comissão de Festas de Flor da Rosa de 2016. Pode não parecer real, mas a verdade é que a banda filarmónica concelhia esteve pela última vez a abrilhantar as famosas festas de Flor da Rosa precisamente em 2006 e antes tinha sido em 2003. Este interregno não se deveu à incompetência ou incapacidade da Banda, pelo contrário, mas pode ter tido a ver com valores monetários. No entanto, analisados os montantes, a Filarmónica do Crato não é mais cara do que o pequeno grupo de músicos, que abrilhantou as festas em honra de Nossa Senhora das Neves e São Bento nos últimos anos. Mais a mais, a Filarmónica do Crato é do nosso concelho, tem qualidade e precisa de ter atuações, ultimamente as saídas são poucas e as festas com banda são cada vez menos frequentes.
A Filarmónica do Crato compareceu arrumadinha, com 24 executantes (gostaríamos que tivessem sido mais, mas as férias e os trabalhos de verão não o permitiram), ainda assim, o número de uma Banda normal e o dobro daquilo a que Flor da Rosa se habituara. Felizmente, o próximo domingo levará a Banda a mais uma freguesia do concelho, precisamente a Vale do Peso, para a procissão das suas festas de verão. Está de parabéns a Comissão de Festas pela coragem de interromper um ciclo. A União de Freguesias também deu o seu contributo e o município do Crato emprestou o autocarro.
Tanto no peditório como na procissão, a Banda foi acarinhada e atuou com bastante qualidade e eficácia porque todos os elementos cumpriram o seu papel com dedicação e mostraram que a mesma ia bastante unida nos naipes. E provou-se que uma Banda faz formação…
Esperamos que a banda concelhia volte a marcar presença habitual em todo o concelho até porque com a atual modalidade do serviço do 25 de abril originou-se que deixássemos de atuar em algumas freguesias com regularidade.
Refira-se ainda que a Banda tem dois concertos da Rota dos Coretos para concretizar, os mesmos tiveram de ser adiados para setembro visto que o município este ano não teve capacidade logística para que os ditos tivessem ocorrido no Crato e em Gáfete no final de julho e início de agosto.
Julgamos também que a Filarmónica terá de realizar uma atualização dos seus quadros muito em breve visto que atualmente existe cerca de uma dezena ou dúzia de elementos que praticamente deixaram de comparecer a ensaios e serviços e é preferível a Banda ter menos gente, mas com vontade. Uma Banda não é melhor por ter muita quantidade de músicos. Por vezes, muitos não ensaiam e quando comparecem não acrescentam qualidade, pelo contrário. Com menos gente, mas a trabalhar, a Filarmónica consegue ter maior qualidade desde que tenha os naipes equilibrados e, felizmente, isso é a realidade.
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