FILARMÓNICA DO CRATO PARTICIPA NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDAS FILARMÓNICAS “SÍLVIO PLENO”

 A Filarmónica do Crato é uma das poucas bandas distritais que participou em todos os Festivais de Bandas organizados desde 2000 pela Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre.

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Este ano, o festival teve lugar em Arronches, no dia 2 de julho de 2016, e foi organizado pela Federação com o apoio do município de Arronches e da CIMAA. As freguesias do município foram anfitriãs de duas bandas e a vila sede contou com 8 bandas. Assim, em Esperança, compareceram as bandas de Nisa e Gavião e em Mosteiros estiveram as bandas de Alter do Chão e Póvoa e Meadas. Para Arronches, seguiram as bandas de Alegrete, Alpalhão, Campo Maior, Crato, Elvas, Galveias, Sousel e Valverde de Léganes, a participante internacional vinda de Espanha. Tratou-se do segundo festival internacional, que pretende continuar a estreitar laços com as congéneres espanholas da Extremadura. Foi também a segunda vez que o festival teve a missão de homenagear uma figura pública ligada às Bandas. O homenageado, que, infelizmente o foi postumamente, pois faleceu em novembro de 2015, foi o Capitão Sílvio Pleno, nome estruturante da música filarmónica dos últimos 50 anos em Portugal e que viria para o distrito de Portalegre em 1988 para fundar a Banda Juvenil do Município de Gavião. Em 2004, viria a ser o maestro da Sociedade Filarmónica Galveense até à data do seu falecimento, num casamento que foi muito produtivo para a citada banda e que se prolongou por 11 anos.

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Desta feita, a Filarmónica do Crato marcou presença na sede do concelho tendo percorrido várias artérias da mesma em desfile, sob tórrido calor.

Depois de terem percorrido as freguesias do concelho e a vila sede, as 12 bandas juntaram-se nos Celeiros de Arronches onde conviveram num jantar bastante animado, que levou ao rubro todos os presentes quando no final um grupo de trompetistas de várias bandas, em especial de Nisa, começou a interpretar vários temas de forma espontânea. Rapidamente, portugueses e espanhóis se envolveram em danças e comboios elevando ao rubro o convívio. Logicamente que vários membros da Filarmónica do Crato marcaram presença nesta animação.

Cerca das 22 horas, no belo espaço que é o Jardim do Fosso, com muito público presente, as bandas participantes surpreenderam os presentes com boas prestações numa forte dose de música filarmónica. Desde logo, desfilaram, uma a uma, as doze bandas e no final interpretaram, conjuntamente, de forma esplendida, a marcha “José Pio”, composta pelo homenageado quando o atual Presidente do município de Gavião era Presidente da banda local. Este tema, foi dirigido pelo maestro que continuou a obra do maestro Pleno na Banda de Galveias, o maestro Marco Santos. Por fim, os cerca de 350 músicos (85% jovens) tocaram, como é costume, o Hino da Federação, que pela primeira vez não pôde ser dirigido pelo seu compositor, o maestro Sílvio Pleno, pelo que teve a honra de o fazer o maestro Paulo Pires, que foi o seguidor do fundador da Banda Juvenil do Município de Gavião.

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A Filarmónica do Crato voltou a estar em bom plano tendo-se apresentado com cerca de 34 elementos, pelo que desta vez não foi a banda com maior número de presenças. No final, a nossa banda apresentou-se em bom plano a interpretar uma marcha de Ilídio Costa, de seu nome “Vinho do Porto”. O tema final, “Lusitanidades”, de Carlos Marques, de grande qualidade, podia ter corrido melhor visto que o mesmo parece ser mais apropriado para locais fechados. Pese embora o muito treino do tema, nem todos os elementos da Banda o ensaiaram, por várias razões, com o mesmo grau de rigor.

A Filarmónica do Crato agradece todo o apoio do município do Crato pela cedência de um autocarro fretado para o efeito. Mais uma vez, o músico da Filarmónica do Crato, Miguel Baptista, Presidente da Direção da Federação de Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre, por indicação da sua Banda local, que é quem detém a Presidência, voltou a ser um dos elementos em maior atividade visto ter sido um dos principais organizadores do certame, o que é normal, por inerência do cargo que ocupa. Refira-se que a organização, mais uma vez, teve bom nível.

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