A tradicional Festa de S. Gregório está longe de ser uma festa grande, mas é muito importante para a Filarmónica do Crato. O balão de oxigénio que costuma ser para os cofres da banda tem vindo a decrescer e 2014, devido à crise e à menor participação dos cratenses no apoio efetivo, voltará a ver reduzido o montante angariado, pese embora os apoios, que este ano até foram mais.
A jovem Comissão de Festas, constituída exclusivamente por executantes da banda, foi extraordinária em termos de trabalho e união. Infelizmente, o Crato está mais desabitado e envelhecido (tal como todo o Alentejo e o interior do país). Os peditórios foram um fracasso total, renderam pouco mais de 500€, não nos lembramos de tão baixo pecúlio, regra geral obtinha-se o dobro, há que procurar outras formas de obtenção de apoios da população. A parte dos artistas e dos petiscos foi bem conseguida. A noite de sábado foi excecionalmente animada e podia ver-se no baile vários grupos de “jovens” cratenses dos trinta para cima, que não habitam cá mas aproveitam esta quadra e esta festa para se reverem e conviverem com as suas gentes e as suas raízes. Tentou-se realizar um torneio de sueca mas houve pouca adesão de jogadores.
(saída para o peditório de 19 de abril de 2014)
A festa de 2014 coincidiu com os dias 12, 19, 20 e 21 de abril. Para além dos habituais dois peditórios (este ano foram à tarde) e da procissão, a festa compôs-se de bailes, da favada/feijoada de 2ª feira e do sempre espetacular concerto desse mesmo dia. Os bailes de sexta e domingo, embora mais fracos, juntaram ainda alguns convivas e houve animação. Na segunda-feira, devido à falta de fiéis, não se realizou a procissão de S. Gregório, mais uma vez a população do Crato mostrou que não quer manter as suas tradições! Acabou por se realizar a missa na matriz acompanhada pela banda e a cerimónia foi simplesmente espetacular. A banda tocou divinalmente, a acústica da nossa igreja é excelente e as poucas pessoas presentes ficaram encantadas. Ficou o convite do Monsenhor Paulo Dias para que a banda pensasse em fazer uma missa tocando e cantando todos os temas que constam da organização da mesma.
(missa de 2ª fª de páscoa, 21 de abril)
A favada/feijoada, este ano viu aumentar o número de presenças em mais 20 ou 30 pessoas tendo-se registo 120 a 130 convivas. Mesmo sendo um convívio onde a alimentação é oferecida pela organização, começa a ser pertinente existirem inscrições para que os cozinheiros possam saber com o que contam. As cozinheiras de serviço, graciosamente, foram Margarida Vivas e Maria Nicolau (Peixa), que contaram ainda com a presença de Paula Correia, Carla Gregório e José Manuel Machado e Catarina Santos no apoio ao bar (bifanas).
(Vista geral do aspeto do almoço de 2ª feira de páscoa)
Quanto ao concerto, de grande nível, teve mais presença de público. Este ano eramos 50 elementos.
A Comissão de Festas foi composta pelos seguintes elementos: Bárbara Nascimento, Clarisse Gregório, Inês Correia, Isabel Farinha, Viviany Albuquerque, Cátia Ribeiro e Ana Rei, Miguel Dias, Eduardo Batista, Rafael Vivas, António Barreto, André Carpinteiro, João Marques, Tiago Rainho, Ângelo Guedelha e Ricardo Ferreira.
A comissão contou mais uma vez com o inevitável apoio dos directores da banda e de alguns músicos, alguns deles bastante jovens.
Este ano não houve bazar mas realizou-se uma rifa de bolos, esta iniciativa foi interessante. O sorteio de rifas voltou a oferecer vários prémios, desde cabazes a pequenos eletrodomésticos.
O bar funcionou muito bem ao longo dos vários dias de festejos nunca tendo faltado nada, voltou a ser um dos anos mais eficazes no que toca à alimentação.
(concerto de 2ª feira de páscoa)
A Comissão de Festas, a Direção da Filarmónica e os músicos agradecem particularmente a todos quantos ajudaram nos donativos (peditório), na publicidade (aos comerciantes) e no consumo. Agradece-se em particular à Câmara Municipal do Crato, à União de Freguesias de Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso, à Casa Josebel, entre outros.
Infelizmente, chegou-se ao fim do concerto e não se conseguiu encontrar uma comissão para assumir os festejos de 2015. Não é caso virgem, já aconteceu uma ou outra vez.
Pese embora esta má notícia, fica a certeza de que dentro da banda e entre os diretores, músicos e alguns amigos, certamente que alguma coisa se há de arranjar e esta festa que já faz parte do nosso imaginário e do roteiro das comemorações da quadra pascal não irá terminar.
Bem-haja a todos os que trabalharam este ano e aos que o irão fazer em 2015 em prol do benefício da Filarmónica do Crato e da nossa terra.
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