PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS – 2 DE JUNHO DE 2013
A procissão de Corpo de Deus realizou-se pela primeira vez num domingo. Em 2013 esta data religiosa deixou de ser à quinta-feira, o habitual feriado foi extinto. Desta forma, a paróquia do Crato passou as comemorações deste dia para o domingo seguinte, exatamente dia 2 de junho.
A procissão realizou-se, contudo, pela primeira vez em muitos anos, não se fez acompanhar pela Banda. Acontece que a Filarmónica do Crato fez um esforço por marcar presença, porém, boa parte dos seus executantes já havia marcado compromissos do foro pessoal para essa data. Infelizmente, os responsáveis da Filarmónica só foram abordados relativamente à procissão a dois dias do evento. A proximidade da data e o facto de a comemoração ter deixado de ser feriado foram os principais motivos da não presença da Filarmónica do Crato.
Para 2014 haverá maior atenção e cuidado, no entanto, não cabe à banda tratar da sua participação no evento, essa missão é da competência da Paróquia, que deve convidar a banda com a necessária antecedência. Será conveniente elaborar-se no início do ano um plano/calendário com as datas e eventos onde a participação graciosa da Filarmónica é fundamental.
Infelizmente, nos tempos que correm é frequente a banda ser contratada ou convidada para eventos muito próximo da sua realização. E onde às vezes a previsão e a planificação são descuradas, podem acontecer vicissitudes menos agradáveis. Foi com a Srª da Luz de 2012, a Srª dos Mártires de 2013, o S. Marcos 2013, as touradas picadas do Crato, etc.
FILARMÓNICA DO CRATO PARTICIPA EM TOURADA PICADA – 8 DE JUNHO DE 2013
A Filarmónica do Crato participou numa tourada picada levada a efeito no passado dia 8 de junho de 2013, sábado. A mesma teve lugar na Praça de Toiros do Crato, que como é sabido, está à guarda da Câmara Municipal do Crato através de um protocolo estabelecido entre a edilidade e a proprietária da praça, a Santa Casa da Misericórdia do Crato.
O cartaz era constituído por nomes em emergência. Este tipo de touradas é necessário para que os toureiros mais novos rodem e ganhem experiência. Infelizmente, o tempo esteve péssimo e a tourada acabou por concretizar-se quando muita gente esperava que a mesma fosse adiada. Deste modo, não estiveram presentes mais de duas centenas de espetadores. Porém, o espetáculo até teve alguma qualidade e dignidade.
A Filarmónica do Crato participou a pedido do município e a sua prestação foi a possível…O número de executantes foi reduzido, eram 26. E ainda bem que foram poucos! Logo que começou a tocar o primeiro tema desabou uma chuvada que deixou grande parte dos músicos repassados de água. Entretanto, quando parecia que a banda estava a abandonar o evento, a organização retirou os convidados de um camarote e colocou lá a banda que ficou completamente “enfardada” dentro de um espaço limitadíssimo e sem condições. Tocou-se de pé e quase sem espaço para que os músicos se mexessem. Esta mudança provou que a banda deve atuar no espaço contrário ao que habitualmente lhe é destinado e que vai ao encontro daquilo que acontecia na velha praça há mais de 30 anos, ou seja, a banda atuava num canto da bancada da sombra. Mesmo “enjaulados”, produziram um som mais audível e qualitativo.
Abertura do Piquenicão Nacional 30 DE JUNHO DE 2013
A Filarmónica do Crato foi convidada pelo município para participar na abertura do XVIIIº Piquenicão Nacional que juntou cerca de 3 milhares de reformados e pensionistas de todo o país no Campo 1º de maio em Crato. O evento é organizado anualmente pelo MURPI (associação nacional de pensionistas) e este ano foi escolhida a vila do Crato para a sua festa nacional. A verdade é que se tratou de um evento de grande dimensão e que prestigia a nossa vila. Contudo, uma vez que a organização não cabia ao município, a sua prestação era “apenas” o apoio logístico, o evento devia ter sido melhor publicitado e merecia que o Crato tivesse percebido melhor o que iria acontecer no dia 30 de junho, domingo. Só com os autocarros a chegarem em catadupa e o enorme parque a encher rapidamente de gente ávida por conviver fez os cratenses (e aqui inclui-se a Filarmónica do Crato) perceberem a dimensão da coisa. Caso a Filarmónica do Crato tivesse percebido melhor o que estava em causa, teria tomado outras providência para se fazer representar melhor do que o fez. Infelizmente, a nossa Banda participou apenas com 24 elementos tendo tido uma prestação muito aquém dos seus pergaminhos deixando a desejar perante tão enorme plateia. Vítima de uma das principais doenças do século XXI, a Filarmónica atuou privada de vários elementos que se comprometeram a marcar presença tendo faltado à última hora. Este flagelo pode chamar-se de “falta de responsabilidade”, falta de “educação e ética familiar”, falta de respeito e exacerbação do ego, ou seja, hoje é muito fácil os jovens e muitos adultos pensarem apenas no seu próprio umbigo em desfavor de compromissos que assumem anteriormente. A falta de cumprimento da palavra e da honradez é um fenómeno transversal a toda a sociedade e tem como berço a instituição família e a demissão e a decadência desta importante escola, que são os pais e as mães. Mas quando a “crise ou doença do século XXI” também já afeta os mais velhos, não se pode esperar muito dos mais novos quando estes não têm exemplos para se reverem. É por isso que a família hoje em dia já nem é o pai, a mãe e os filhos e há muito que não se conta com os avós, os tios e os primos. A família hoje é apenas o indivíduo, um indivíduo egoísta, que assume a palavra daquilo que lhe dá mais jeito no momento, em desfavor de outros compromissos anteriormente assumidos.
A instituição Filarmónica do Crato também tem de aprender com isto e reformular aquilo que for necessário. Não adianta sermos 55 músicos uma ou duas vezes por ano quando na verdade, nos serviços normais somos pouco mais de metade…Há que haver uma capacidade de previsão e de informação para cada evento e todos têm de ser encarados com profissionalismo porque a nossa Filarmónica está sempre a representar a nossa terra, ou bem ou mal. Felizmente, quase sempre nos orgulha, mas desta vez, em casa, embandeirou em arco e prestou um serviço de menor qualidade. Ainda assim, fica uma nota de louvor aos 24 elementos revendo-se o esforço de todos no jovem António Ferreira que, devido ao imenso calor que se fazia sentir às 10.30h, desfaleceu em vómitos quando estava a atuar.
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