A Filarmónica do Crato voltou ao Algarve para mais um Encontro de Bandas organizado pela banda local, Banda Musical de Tavira. Para além da Filarmónica do Crato, esteve também a banda amiga de Redondo, Sociedade Filarmónica Redondense, que esteve em dezembro no Crato. Aliás, foi esta banda que indicou a do Crato para suprir a falta de uma outra que desistiu de comparecer. O XXXIVº Festival de Bandas Civis Cidade de Tavira realizou-se no dia 23 de março, sábado.
As bandas encontraram-se na sede da banda de Tavira perto das 11 horas, na margem esquerda do Gilão. Seguiu-se uma arruada, na parte antiga da cidade, na margem direita, que culminou junto ao município, com muito público à espera das bandas, aliás, muitos estrangeiros. Seguiram-se os hinos de cumprimentos e um tema conjunto, a marcha popular de Tavira, muito do agrado dos presentes.
Após o almoço convívio numa escola secundária, as bandas rumaram ao antigo mercado de Tavira, convertido há alguns anos, em espaço de cultura e de comércio (lojas), junto ao jardim e ao Gilão, num dos espaços mais carismáticos da cidade. Pelas 15 horas tiveram início os concertos tendo começado a Filarmónica Redondense, muita apreciada e aplaudida pelo muito público que enchia o mercado por completo. Deixou água na boca um tema, que esta banda tocou no Crato – Lusitanidades – que desta vez contou com uma interpretação de vários músicos que saíram do palco e constituíram um coro polifónico de alto nível com a interpretação de uma canção popular portuguesa.
A Filarmónica do Crato foi a segunda a atuar, com 36 elementos, e conseguiu mostrar todo o seu valor tendo arrancado um concerto de nível muito considerável. Os naipes estavam bem equilibrados e chama à atenção o número de Baixos que o Crato apresenta, nada mais nada menos que quatro tubas, um contrabaixo e um clarinete baixo, apenas faltando o saxofone barítono, que neste momento está devoluto.
Por fim, foi a vez da banda da casa, muito acarinhada pelos locais, a qual desenvolveu um concerto também irrepreensível. Trata-se de uma banda que aproveita muito bem a prata da casa e envolve grande parte dos seus melhores músicos na formação dos mais novos, contando com um número considerável de monitores. Inclusivamente, o maestro também nasceu no seio da banda e espalha toda a mística necessária para o reforço da banda e do amor pela mesma. Excelente exemplo!
No final, após as trocas de ofertas e a entrega de muitos diplomas e certificados a músicos e monitores da banda local, a mesma tocou e entoou a marcha popular de Tavira, muito aplaudida e cantada pelo público. Marcaram presença dois vereadores do município local.
A Filarmónica do Crato partiu para Tavira às 5.00h e iniciou o regresso ao Crato perto das 20.00h. A meio caminho, fez uma paragem para jantar em Portel, local já bem conhecido de todos em outras ocasiões. O mesmo foi oferecido pela Direção aos esforçados e dedicados músicos e permitiu-lhes mais um bom momento de convívio, partilha e amizade, imprescindíveis para uma boa união e espírito de grupo.
Uma última palavra vai para o município do Crato que, mais uma vez, não regateou (apoio unânime) o transporte, que representaria uma enorme despesa para a Filarmónica e deverá ser encarado como mais um apoio à embaixatriz do Crato e seu município, que leva a marca Crato a todos os cantos do país. Destaca-se igualmente o profissionalismo do motorista João Neves.
Miguel Baptista – 27/03/2019