FILARMÓNICA DO CRATO NO FESTIVAL DE BANDAS FILARMÓNICAS CIDADE DA COVILHÃ 2018

À segunda foi de vez. Depois de a Banda da Covilhã ter tentado realizar o seu Festival de Bandas, 30 anos depois do último, no passado mês de maio, e o mesmo não se ter realizado por impossibilidade de algumas bandas, conseguiu realizá-lo numa data excelentemente escolhida, a 5 de outubro de 2018, sexta-feira, feriado nacional.

Assim, cerca das 15.30h, a parte central da bonita cidade serrana encheu-se de acordes e fardas das quatro bandas presentes no Festival. Desde logo, a banda cicerone aguardava as congéneres convidadas junto à Câmara Municipal e as mesmas arruaram cerca de 100m à vez até ao referido local. A Filarmónica do Crato foi aquela que maior deslocação realizou já que as outras duas, uma era do concelho da Covilhã – Filarmónica União Santa Cruz, de Aldeia Nova do Cabo, com mais de 200 anos, fundada em 1802, e a outra veio de perto, do concelho vizinho do Fundão, de seu nome Filarmónica Recreativa Eradense (Erada).

Junto à Câmara Municipal as quatro bandas tocaram os seus hinos em cumprimento e entoaram em conjunto o Hino Nacional uma vez que estávamos também a comemorar o Dia da Implantação da República. Este momento foi empolgante e muito aplaudido, a acústica do largo terá feito soar “A Portuguesa” por grande parte da cidade. E a qualidade da sua execução pelos cerca de 130 músicos presentes, fazia antever concertos de muita qualidade. Em seguida as bandas arruaram misturadas por naipes ao som da marcha “Maria Adelaide”, da autoria do compositor covilhanense Joaquim Garra, que deu a entrada para o tema, e que era o homenageado da tarde. Em seguida, junto ao Jardim Público, local aprazível, com vista para a serra, a cidade e os vales, as bandas trocaram ofertas e os músicos mais novos e mais velhos de cada uma foram chamados até ao local onde se encontravam todas as entidades e os respetivos estandartes. Cerca das 16.30h iniciou-se o concerto com a Filarmónica do Crato a abrir as “hostilidades”, com muita categoria e qualidade, ela que se fez apresentar na Covilhã com 36 elementos e boa presença de diretores. Depois, foi a vez da Banda de Aldeia Nova do Cabo, que continha vários elementos que já estiveram no Crato aquando da passagem da banda de Unhais da Serra por cá. Apesar de poucos, apresentaram-se bem e com dignidade.

Entretanto, compareceu a palco a Banda de Erada, dirigida por um jovem maestro oriundo da Filarmónica Popular Manteiguense (André Prata), banda com quem a Filarmónica do Crato já realizou mais de uma dúzia de intercâmbios. Esta banda também esteve em bom plano. E, no final, ainda com muito público no jardim, apesar do dia se começar a espraiar, interveio a banda local, superiormente dirigida por um jovem portalegrense, Carlos Almeida, que com apenas 25 anos, também já dirige a Banda Euterpe, de Portalegre. Esta banda superou as expetativas, com um reportório muto bem escolhido e com um timbre sinfónico, vive um bom momento contendo nas suas fileiras muitos jovens executantes que estudam na Escola Profissional da Covilhã e que lhe conferem maior qualidade, aliada à boa formação na Academia de Música da própria Banda.

O Festival terminou com um jantar convívio ao ar livre, também no jardim, e contou com uma excelente organização.

A Filarmónica do Crato deslocou-se à Covilhã no autocarro municipal, mais uma vez cedido pelo município do Crato, que nunca regateou esforços para que uma das suas maiores embaixatrizes representasse o concelho do Crato noutros pontos do país da melhor forma. Realce para o profissionalismo do motorista, João Neves, que a par do seu colega José Curado, sempre primaram pela excelência.

Obrigado à Banda anfitriã pelo convite e pelo excelente convívio.