Tudo começou a 25 de março com a participação da Filarmónica do Crato em mais uma procissão do Sr. dos Passos, bem concorrida e solene. A Filarmónica esteve em bom nível e bem composta. A participação no canto dos motetos foi reduzida a um cantor e dois instrumentistas e foi uma boa alteração.
Durante a Semana Santa, nova participação condigna. Na quinta-feira, a chuva não permitiu a saída da procissão do Sr. da Cana Verde mas a banda participou na homilia e teve oportunidade de tocar alguns temas do seu reportório. Curiosamente, quando menos se esperava, a procissão do Sr. Morto, na sexta, 30 de março, acabou por sair ainda que o tempo estivesse bastante ventoso e constantemente a ameaçar chuva, que ainda se fez sentir a espaços. Tratou-se de mais um momento de fé, com muita gente a participar e a assistir e mais não foram porque temeram o tempo e pensaram que não haveria procissão. A Filarmónica esteve mais uma vez em grande nível colaborando com a comunidade, sem cobrar nenhum euro, numa missão de engrandecimento da terra e das suas atividades culturais e religiosas.
No dia seguinte, pela manhã e com o tempo bastante melhor, realizou-se o Peditório das Festas de S. Gregório por algumas artérias da vila (nem todas). No próximo ano este peditório vai ser reformulado. O mesmo não atingiu os 500€. Decorreram as festividades em honra de S. Gregório tal como vem acontecendo há 40 anos, as mesmas reiniciaram em 1978. O baile de sábado ainda animou. Na sexta, apesar do grupo escalado para abrilhantar o baile ser de boa qualidade, o público cratense quase não se fez notar. O mesmo se passou no domingo à noite, o organista era bom mas os cratenses eram poucos. Pelo meio, esteve o rancho folclórico de Gáfete, na tarde sábado, com uma casa mais ou menos digna apesar de a essa hora haver jogos de futebol.
Na segunda-feira, a Banda participou na missa na matriz onde foi celebrado S. Gregório e interpretou alguns temas marianos do seu vasto reportório. Em seguida, realizou-se a tradicional oferta da favada e feijoada na sede da banda, que esteve bastante preenchida de entusiastas deste dia e do repasto, de muita qualidade, com a marca da jovem Graça Santos (mãe do jovem músico, Mateus), mais uma de uma grande família de bons cozinheiros. Marcaram presença todos os músicos. Após as 16 horas, a Banda brindou o muito público presente no auditório com um concerto de elevado nível. Refira-se que se tratou de um dos públicos mais entusiastas de sempre.
Como é sabido, a festa de S. Gregório foi levada a cabo pelos elementos dos órgãos sociais, maestro e músicos visto que a Comissão desistiu. Apenas os festeiros Francisco Godinho e Domingos Reis honraram o compromisso. Apesar da dificuldade, os trabalhos foram levadas a cabo por muita gente e o espírito de união foi muito evidente. Após o concerto o pendão foi entregue a um grupo de valorosos jovens cratenses e afigura-se uma festa de 2019 com muita qualidade e adesão. Trata-se de um grupo que tomou conta das festas em 2016.
Foram sorteadas rifas até ao 4º prémio com os prémios a serem oferecidos por Andreia Guterres (borrego, 1º prémio), António João Felizardo (porco e galo, 2º e 3º prémio) e Feliciano Marques (coelho, 4º prémio). Não faltaram os apoios da Câmara Municipal e da União de Freguesias assim como da Casa Josebel. O pecúlio final não deve ser tão bom como o de outros anos, mas será sempre uma boa almofada para fazer face às despesas que a Filarmónica do crato irá ter quando receber cerca de 80 colegas vindos dos Açores (Ribeirinha, Terceira), entre 16 e 23 de julho.
(foto de alguns dos festeiros de 2019)
