FESTA DE S. GREGÓRIO 2017

A Filarmónica do Crato, ou melhor a Comissão de Festas de S. Gregório 2017 cumpriu mais uma festividade em honra de São Gregório, evento que chegou às 40 edições desde que esta festa foi reativada no Crato e a sua receita passou a ser a favor da Banda e a realizar-se nas instalações da Filarmónica do Crato. Para 2018 a festa fará 40 anos visto que foi retomada em 1978 por um grupo de jovens e desde aí passou a constituir um enorme “balão de oxigénio” para a tesouraria da coletividade.

Pelo segundo ano consecutivo com Comissão (nem sempre há e é a Direção da Banda a assumir), o grupo de 2017 foi muito coeso e também primou pela diferença e novidade.

Estão de parabéns todos os elementos que secundaram Paulo Santos (Caracol) e a Anita Curado Vieira. Muitos deles eram repetentes e jovens. Mantiveram-se os balcões novos, as camisolas, o torneio da Sueca e este ano houve uma tarde de animação para crianças, com palhaços, que foi muito apreciada e concorrida. O sarau cultural da noite de domingo, ou melhor o jantar musical, foi inolvidável. Ao som do teclado do maestro Augusto Vintém, apresentaram-se em excelente plano os cratenses Miguel Baptista (clarinete), João José Costa (trombone), Diana Dias (percussão), todos músicos da Banda, e as jovens Sara Ouro e Anita Curado Vieira nas vozes. O público ficou encantado e surpreendido com a beleza do concerto e a qualidade das interpretações e do programa. Na noite de sexta houve DJ, com boa adesão de público e baile no sábado, com organista e voz, onde não faltou a diáspora cratense, que como é hábito comparece em força. E, por fim, após a celebração da procissão e da missa no dia de S. Gregório, segunda-feira de Páscoa, 17 de abril, na sua capela campestre, a Comissão e a Banda rumaram para as ruinas de Santo Amaro visto que o tempo este ano esteve de feição. A última ida para o local original das festas fora há 13 anos, em 2004. Dos atuais músicos eram poucos os que algumas vez lá tinham ido. Aí, foi servida e oferecida a tradicional favada e feijoada, confecionadas mais uma vez por Paulo Santos, com boa adesão de cratenses, mas podiam ter sido mais. Voltou a ver-se muita gente nas esplanadas da vila…falar é fácil, manter as tradições já é mais difícil. O concerto da Banda começou por volta das 17 horas e foi de boa qualidade. Antes, a Desportalegre, com o seu responsável máximo, o Coronel Rolo, animou os presentes com a realização de vários jogos lúdico/desportivos e tradicionais.

Logicamente que a festa não seria possível sem os habituais apoios do município do Crato e da União de Freguesias e o de muita gente anónima durante os 4 dias de festa, mesmo na parte religiosa. Não poderíamos deixar de assinalar o interesse do Monsenhor Paulo Henriques nesta festividade, o qual também marcou presença nas ruínas de Santo Amaro e permitiu (feliz ideia) que a Comissão levasse a imagem do padroeiro até junto da capela. Quanto à capela das ruínas de Santo Amaro, um dos símbolos religiosos mais antigos do Crato, é urgente que as autoridades lhe lancem mão visto que há perigo de derrocada a muito curto prazo. Não se pretende que a mesma seja recuperada, mas no mínimo deverá ser salvaguardada antes de cair parte de uma das suas paredes principais, precisamente a (lateral) que dá para a parte leste da vila, com vista para o castelo e as muralhas.

Realizou-se um peditório com três colchas no dia 15 de abril, sábado, e apesar de não ter sido possível ir a todos os locais desejados, o grupo de festeiros e jovens apoiantes bem como os 21 heróis presentes na Banda, angariaram perto de 900 euros.

Efetuaram-se sorteios de um porco, um secador e um garrafão de azeite. Contou-se com cerca de 50 apoios de empresas do Crato e concelho na publicidade do cartaz.

A União de Freguesias voltou a oferecer amêndoas aos executantes. No final, como é costume, foi colocado à disposição o pendão de São Gregório para que surgisse alguma Comissão de Festas para 2018, ano dos 40 anos a favor da Banda e pegou no mesmo, como mordomo, João Aníbal Farinha, logo secundado por Francisco Godinho, Francisco Mourato Marques, João Véstia e o músico Domingos Augusto Faria Reis.

A Comissão cessante foi constituída por Paulo Santos, Nélson Gonçalves, Lurdes Santos, Maria do Rosário Diogo, Sílvia Martinho, Mariana Pavia, Carlos Diogo, António Santos, José Carlos Policarpo Santos, Joaquim Martins (Ganhão), Ana Curado, Carlos Santos, Glória Santos, Diogo Martins, Tomás Santos, Beatriz Diogo, Rita Santos, José Manuel Machado, Rosa Martinho, Aníbal João Farinha, e outros que a não serem indicados será por mero esquecimento. Bem-hajam!

Uma última nota vai para todos os que compareceram em 2017 à festa. A Filarmónica e a sua Direção, bem como a Comissão de Festas, agradecem o apoio a todos e ainda àqueles que colaboraram também na publicidade. O pecúlio angariado, não deverá ficar muito longe do verificado em 2016 e será muito bem-vindo.

O apoio logístico da Câmara Municipal e da União de Freguesias, cujo Presidente foi incansável e esteve sempre na retaguarda de apoio à Comissão, mais parecendo um festeiro, foi indispensável.

Felizmente, a festa volta a ganhar alma e vigor. Será necessário maior apoio aos festeiros de 2018 visto que o grupo é curto.

20/04/17

MIGUEL BAPTISTA

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