A tradicional arruada de Nossa Senhora da Conceição este ano voltou a ter dupla finalidade. Primeiro, a sua principal missão: a arruada de cumprimentos à população e a algumas instituições; em segundo lugar, a Direção e o maestro aproveitaram a data para se cumprir a habitual cerimónia de entrada de novos executantes uma vez que não pudemos comemorar o dia 1 de dezembro numa segunda-feira, dia útil. E a manhã começou precisamente pela ida a casa dos novos elementos. E a primeira criança viria da zona envolvente ao Posto da GNR, de casa do músico José Carlos Batista. Curiosamente, a sua morada coincide com a rua que homenageia o nosso Presidente Honorário – José Joaquim Conceição – Zé Foguete. Este nosso colega já cá tinha o filho mais velho, Eduardo, mas agora foi a vez de entrar para a banda a pequena Madalena Batista, de 10 anos, interpretando clarinete. Também está de parabéns a mãe, Lídia Batista, que foi sempre um grande apoio para a Madalena. E vão 3! O pai, que há algum tempo não atua na banda, por questões profissionais, fez questão de se fardar e tocar neste dia.
Em seguida, deslocámo-nos ao Bairro da Cooperativa para nos ser entregue o jovem José Maria Bento, filho de João Roma Bento (Barril) e Isabel Leitão e neto do antigo Presidente da Câmara Municipal do Crato, To Zé Leitão, que teve um papel fundamental para a nossa Filarmónica nomeadamente na concretização da sede que hoje possuímos. O Zé Maria toca trombone e conta com 11 anos de idade. Parabéns ao Zé e à família. Por fim, recebemos na Rua da Sobreira, que muito se empolgou, a pequena Daniela Dias, filha de Ângelo Dias (Pinó) e Elisa Bardosa Dias. A pequena Daniela, de 12 anos, interpreta Requinta.
Curiosamente, tocou o papel estreado há 38 anos por este humilde escriba (Miguel Baptista), na altura copiado pelo saudoso maestro cratense Arlindo Gorgulho. A Daniela é gémea do Bernardo, que entrou para a banda precisamente há um ano atrás na mesma data. Estão de parabéns estes pais por terem apoiado os seus dois filhos neste percurso.
Parabéns a todos os jovens, à Direção, maestro e monitores por mais um sucesso. De resto, a Filarmónica fez a sua habitual arruada passando pelos pontos que já vão sendo um hábito de há uns anos a esta parte, nomeadamente, a Unidade de Dependentes de Longa Duração da Santa Casa da Misericórdia, onde pudemos rever o Alex e a Narcisa, que tantos anos lá passaram a servir e a fazer o bem a todos e agora é a vez de serem eles a ser tratados por outros…Infelizmente, já não se cumpre a tradição de mais de 30 anos, que era visitar a adega do Alexandrino. Mas o que importa foi vê-lo com um brilho nos olhos a ouvir o Hino da Padroeira!
Depois, passámos pelo lar de Nossa Senhora da Conceição onde eramos aguardados por outros idosos, menos dependentes, que anseiam por esta data para reverem a banda e os (pouco) conhecidos e queimarem muitas nostalgias ao som do Hino da Padroeira. A arruada terminou com uma passagem à porta dos falecidos diretores Joaquim Morgado e José Joaquim da Conceição assim como pela casa do antigo músico, ainda vivo, Fernando Carvalho, que com 82 anos está acamado mas de boa memória e com muita recordação da sua velhinha Banda que tem a obrigação de não se esquecer e de honrar os seus antigos elementos…mas para tal é preciso existirem pessoas com lembrança porque as associações não têm coração.
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