Mais um ano, mais uma tradicional festa em honra de Nª Srª da Luz, a padroeira de Vale do Peso, sempre festejada no seu próprio dia, 40 dias após o natal. Este ano de 2014 quis que se cumprisse em domingo, o que facilitou a vida a todos. No próximo ano, Deus dará o que há de ser…mas esperam-se dificuldades para a banda poder estar de manhã…
A Festa de Nª Srª da Luz é a mais antiga de que há registos de aparições da Filarmónica do Crato. Já dizia o Prof. Manuel Subtil no seu famoso livro sobre as tradições de Vale do Peso: “A Banda que vinha era a do Crato, quando a havia…na falta desta vinha a de Alpalhão ou a do Barão de Gáfete, que nunca se desorganizava graças aos serviços do bondoso barão”. Estamos a referir-nos aos anos oitenta do século XIX, ou seja, há dois séculos atrás, qualquer coisa como mais de 130 anos.
(início da arruada cerca das 10.00h junto ao Lar de Nª Srª da Luz)
Voltando à atualidade, a festa deste ano decorreu em bom ambiente, com muita gente, tempo razoável em comparação com os dias antecedentes e subsequentes. A Filarmónica do Crato apresentou-se bem, com muitos jovens. Podíamos ser mais, mas os cerca de 30 elementos presentes cumpriram bem a sua missão. Esta festa não é fácil, a arruada é grande assim como o peditório. Era mais fácil para todos, banda e mordomos, o peditório começar junto ao apeadeiro e suprimir-se a arruada…O Zé Dias já não consegue cumprir a missão que desenvolveu durante cerca de 40 ou mais anos (pelo 3º ano consecutivo), mas tem sido muito bem substituído, o senhor padre Caetano também já não é propriamente um jovem e os músicos também se sentem, os mais velhos porque já se cansam e os mais novos porque estão sempre cansados…
(descida da maior rua do concelho do Crato – Rua do Apeadeiro, em peditório)
Destaque mais uma vez para o facto de a banda ser muito bem recebida e tratada no Lar de Nª Srª da Luz onde nos é servido o almoço e a população essa, merece toda a nossa estima e admiração. Para o amigo Calhaço, que ali bem junto ao Lar tem a residência, vai um forte abraço de apreço pela tradição que vem mantendo de há uns anos a esta parte tendo a mesa posta para os amigos e os músicos se retemperarem após a peleja da procissão. Bem-haja!
A procissão, essa continua a ser um fenómeno digno de estudo tal a fé que ainda move muitas dezenas de fiéis valpesenses e de toda a região.
A Filarmónica do Crato deslocou-se no novo autocarro municipal com o apoio, claro está, mais uma vez, do município do Crato.
(5 jovens músicos a descansarem nos cadeirões do Lar após o desgaste do peditório, qual idosos)
(almoço no Lar onde já é tradição o prato tradicional da terra nesta data: borrego
(Marcha “Vinho do Porto”, despedida após a procissão)
Deixar comentário